Leveza com firmeza. Sustentar para voar. Raízes para crescer. Assim como falamos no post sobre mente e corpo, entender a vida e a existência como um todo como relações não-duais é uma das chaves para compreendermos melhor como atingirmos a nossa essência e, assim, nosso ponto de equilíbrio. Afinal, se tudo tivesse sido perfeito, você seria quem você é hoje?
Sustentação com fluidez: o ritmo da vida
Podemos fazer uma analogia ao levantamento de peso. Vemos pessoas tonificadas, cheias de músculos. Contudo, a real força não está apenas nessa aparência. Sem a técnica correta – desde para segurar a barra da maneira adequada, a até onde posicionar seus pés, suas raízes – músculos de nada adiantarão. E o mesmo acontece com a vida. O que adianta nos blindarmos com as mais fortes paredes, se não encontramos um ponto de sustentação que garantirá a leveza para aprendermos com cada experiência?
Sabemos que a vida é muito mais complexa do que levantar uma barra olímpica. Quando achamos que tudo está bem, vem uma tempestade que parece arrasar com tudo o que você construiu. Mas será mesmo? Ao encararmos a vida como altos e baixos, vamos saber encontrar o centro, um ponto onde tudo é não-dual, tudo faz sentido. É ao encontrarmos esse ponto de gravidade que entenderemos o fluxo natural das coisas e de nós mesmos.
Afinal, não somos os mesmos que ontem – mas a nossa essência, sim. O caminho para encontrarmos esse centro, essa essência, esse ponto gravitacional, é o autoconhecimento e a limpeza da mente. Você tem muitas opções para isso: Yoga, meditação, estudos, terapia e assim por diante… E, acredite, todos os caminhos levam para o mesmo lugar.
O aqui e o agora
Não sou um sonhador ao falar que todos os caminhos do autoconhecimento são eficazes. É tudo uma questão de… física. Ora, podemos recordar as nossas lições básicas de ciência. Você sabe por que os corpos têm peso? É porque a Terra os atrai, puxa para o seu centro. O mesmo acontece com tudo na vida. E tudo mesmo. Pensamentos negativos vão atrair negatividade para o seu corpo, pessoas negativas e situações desafiadoras. Afinal, o peso que você dá às coisas é uma força de atração – como a força que existe entre o corpo e a terra.
Até uma matéria pelaAcademic Press constatou como a gravidade muda, realmente, a nossa vida e até mesmo nossa constituição física: “Estudos sugerem que mudanças na orientação de uma espécie em relação à direção de uma força gravitacional sem uma alteração na magnitude da gravidade podem desempenhar um papel na evolução dessa espécie na Terra. A gravidade pode determinar a localização e o tamanho dos órgãos internos, como o coração.”
E, sabemos, o coração é o nosso centro, nosso templo sagrado, onde nasce nossa intuição.
Encontrar o seu centro
A cada pequena decisão tomada, nos guiamos, ou não, para a nossa essência. Esse ponto é onde tudo flui naturalmente, pois não estamos fazendo esforço algum para sermos quem somos e começamos a atrair exatamente o que combina conosco e com nosso Dharma (já falei um pouco sobre isso aqui).
Cada palavra dita, cada gesto feito, cada caminho tomado… Tudo revela, de forma quase imperceptível à primeira vista, o centro de gravidade da sua vida. Está nas suas mãos escolher onde você quer fincar suas raízes, para onde levar a sua energia. Sabemos, entretanto, que não há um manual, um mapa, para acharmos o ponto de equilíbrio na vida. Mas temos como usar diversas ferramentas, que servirão como lanternas para enxergarmos aonde deveremos ir. Uma das primeiras lanternas que usamos é formada pelo conjunto dos nossos valores. Como queremos que nossa vida seja melhor se nossos valores estão pautados pelo medo, competitividade, insegurança, inveja e promiscuidade, por exemplo?
O turning-point está aí, nas suas mãos. Conhecer nossas falhas, nossas sombras, para então encontrarmos nossa força interna, nosso ponto de equilíbrio. Nos entendermos como essência, como união de corpo, alma e mente. Tudo está ligado, aqui e agora. Você já se reparou?
Gostaria de receber os artigos do rodrigonrocha. Obrigado william