Aristóteles disse que “Somos o que fazemos repetidamente”. Mostramos quem somos pelas coisas que fazemos dia a dia. É o hábito. A rotina. Um hábito é uma ação frequentemente inconsciente, como ir à academia todas as manhãs, caminhar no bairro, ler algumas páginas antes de dormir… Enfim, o que você executa de forma consistente e repetitiva. Manter a rotina é uma forma consciente de fazer atividades específicas em uma ordem específica. É ter um guia. É não se sentir totalmente perdido, solto na vida. Por isso, para qualquer objetivo na vida tudo se começa com… Rotina. Seja profissional ou pessoal. É ter um compromisso com você mesmo.
O poder das rotinas
A rotina fornece uma sensação de estrutura e familiaridade. Estrutura é uma forma de organizar sua vida de forma que faça sentido para você. Você pode acordar com um senso de ordem e organização em sua vida.
Sem uma rotina, durante um único dia, você pode tomar centenas de decisões sem ter um norte. Resultado: o estresse e a ansiedade vão aumentar. Criar uma rotina é um modo de aliviar essa pressão. Você sabe qual decisão você deve tomar em determinadas situações.
As rotinas servem como âncora
As rotinas podem nos ancorar na vida diária. Tomar café da manhã no mesmo horário todas as manhãs, bem como jantar e ir para a cama no mesmo horário todas as noites cria conforto e estabilidade. Quando estamos seguindo nossas rotinas, a vida parece mais fácil de lidar. Esse senso de capacidade de gerenciamento nos permite lidar com mudanças imprevisíveis.
As rotinas nos fornecem um roteiro
Todo mundo tem uma lista de “tarefas” ou coisas que desejam realizar diariamente ou em geral em suas vidas. Pode ser atordoante manter essa lista em nossas mentes. Quando nosso dia segue uma rotina, eliminamos a necessidade de tomarmos mais uma decisão, pois não precisamos mais pensar tanto sobre cada pequena coisa que temos que realizar. Ele nos fornece um roteiro a seguir e diminui o estresse, promovendo sentimentos de ordem e direção.
A consequência é clara: o autocuidado. Podemos organizar nosso tempo em torno de coisas que consideramos importantes para manter a nossa saúde, felicidade e bem-estar. Mais do que isso, temos o sentimento de realização. De estarmos 100% comprometidos com nós mesmos. Seguir religiosamente técnicas de relaxamento, como meditação e ioga, e ir para a cama em horários regulares para promover o bem-estar são hábitos que, lhe garanto, não vão apenas melhorar teu sono. Mas sim as suas relações, seu trabalho. Seu modo de ver a vida.
Existe uma “evolução da rotina”?
A consistência e a natureza individualizada de nossas rotinas nos permitem encaixar todas as coisas mais importantes em nossos dias. No entanto, isso não significa que devemos seguir uma rotina quando começarmos a nos sentirmos paralisados ou entediados, pois isso pode fazer mais mal do que bem. Aprender a ajustar e desenvolver nossas rotinas são verdadeiros sinônimos de crescimento. Muito mais do que aumentar a sua conta bancária. A mudança faz parte da vida e podemos permitir que nossas rotinas evoluam com o tempo em resposta a ela.
Claro, você não vai ter a mesmíssima rotina de hoje daqui 10 anos. O autoconhecimento fará com que você faça pequenos ajustes de acordo com sua necessidade. É o que no Yoga se chama de Sadhana : prática pessoal diária. É um momento do dia específico reservado APENAS para você.
Se você não consegue estipular um horário para dormir, considere reservar 30 min, 1h, por dia para fazer o que te faz bem: ler, yoga, caminhar, meditar… Você com você mesmo. Essa é a rotina mais importante que há. A rotina do autocuidado, do autoamor.
Em tempos de muitas informações que vêm e vão, saber o que fazer com o conhecimento que você tem é riqueza. Isso, sim, é abundância. É fazer o máximo com as ferramentas que você dispõe.
É hora de pensar.
Existe algo que você gostaria de inserir em sua rotina diária? Pesquisas dizem que se levam 21 dias para construirmos um novo hábito. Os humanos são naturalmente programados para almejar estabilidade e confiabilidade. Nossos cérebros e nossos corpos funcionam melhor se pudermos seguir uma programação regular. Mais do que isso: começamos a encontrar algum sentido em fazer o que fazemos.