Você se conhece ? Aposto que 9 em 10 pessoas que respondem essa pergunta dizem: sim. Oras, nos olhamos no espelho e sabemos quem somos, nossos gostos, nossas contas para pagar… Contudo, o autoconhecimento vai muito além dessa superfície. A nossa interação com o mundo e a forma pela qual reagimos a ele dependem intrinsecamente a como lidamos com nós mesmos. Afinal, só podemos oferecer aquilo que temos dentro de nós.
Mas como saber trilhar, realmente, essa trilha do autoconhecimento? Ou melhor: por que é tão importante esse assunto estar no topo da sua lista de prioridades?
O autoconhecimento revela o (seu) mundo
Engana-se quem pensa que falar sobre autoconhecimento e empoderamento é algo novo. Sócrates, filósofo grego que nasceu em 470 A.C., tem todo seu pensamento baseado na filosofia do autoconhecimento. Ele foi um dos três grandes filósofos, juntamente com Aristóteles e Platão, que estabeleceu as bases do pensamento ocidental – sim, como nós pensamos! E uma de suas máximas era:
“Conheça-te a si mesmo”
Ou seja: precisamos ser conscientes da nossa ignorância para conseguirmos entender o mundo e fluir com ele de maneira saudável. Por isso, o questionamento sobre tudo que consideramos “certo” é uma das bases do seu estudo filosófico. E é por meio do questionamento sobre nós mesmos que conseguimos entender o porquê certas coisas acontecem conosco e compreender que tudo é um ciclo e simples consequência dos nossos pensamentos e ações.
Veja o novo mundo
Não é por um acaso que as empresas hoje em dia buscam pessoas que tenham esse interesse em se auto-investigar. Afinal, o autoconhecimento também revela como nos comportamos e respondemos às questões externas. Dessa forma, sabemos lidar com os outros e com o ambiente ao nosso redor. Quando toda a casa estiver caindo, quem ficará sereno para segurar as estruturas? Aquele que tem suas próprias estruturas internas sólidas.
Além disso, ao criarmos uma rede de pessoas despertas – seja em uma empresa, na família ou em um grupo de amigos – conseguimos ser como um farol, onde indivíduos que buscam uma vida mais equilibrada conseguem se inspirar e, quem sabe, somar com essa vibração.
Tudo está conectado – lembra que você não é mera obra do acaso? – e conseguimos atrair apenas aquilo que vibra como nós. Por isso, quando começamos a nos questionar a forma pela qual reagimos às situações estressantes, às pessoas “non-gratas”, aos desafios, às alegrias, aos fracassos, e entendemos o que temos que mudar dentro de nós para melhorarmos nossas respostas à essas situações, começamos a experienciar um novo mundo.
Ao invés de você falar “minha vida mudou”, você saberá que “Eu mudei e, por isso, tudo em minha volta mudou também”.
É o mesmo processo da respiração. Inspiramos todo o néctar, o Prana (energia vital), do cosmos e expiramos aquilo que não serve mais. Inspiramos as coisas boas que acontecem conosco e expiramos essa energia transformada. Coisas boas e ruins vêm, assim como vão. Sabermos que tudo tem seu tempo, que tudo é cíclico, é tirar um fardo enorme das nossas costas.
E o controle?
A teoria é muito mais simples que a prática. Afinal, apenas quando aplicamos nosso conhecimento é que nos tornamos sábios. O que acontece muitas vezes é sermos consumidos pelo dia a dia. Isso é comum principalmente quando começamos a crescer dentro de uma empresa e, focados em números e resultados, acabamos perdendo a mão e esquecendo de nós mesmos. Contudo, se tomarmos essas batalhas diárias como possibilidades de aprendizado, entendemos que tudo é uma troca de conhecimento e energia.
Até mesmo quando estamos atrasados para entregar uma apresentação para o/a chefe e não sabemos como falar isso.
Por isso, soltar o controle e entender que tudo é um ciclo é essencial. Tudo está conectado: você, sua família, seus amigos, seu trabalho, seus colegas… E esse ciclo começa em um lugar muito especial: dentro de você. Dessa maneira, ter o autoconhecimento e importante para perceber o que te afeta o que afeta os outros. Qual é a sua importância nesse processo todo? Quais são os padrões que não funcionam mais para você?
Chegou a hora de começarmos a nos questionar: por que reagimos como reagimos? Qual é o mundo que eu quero criar?
A resposta não está comigo. Está com você.