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O deixar para o depois virou regra?

O deixar para depois virou regra?

A procrastinação é a antítese da produtividade. Ok, a definição você já sabe. Mas garanto que em algum momento na sua vida você se perguntou: “Por que procrastino?” Procrastinar, em um piscar de olhos, pode se transformar em um hábito num piscar de olhos. E muitas pessoas não percebem. Então, se você já se perguntou isso mais de uma vez: está no caminho certo.

Outras perspectivas

Quem costuma procrastinar vê que não importa o quão bem organizado e comprometido você seja, as chances são grandes de que você fique desperdiçando horas em atividades triviais (assistir TV, atualizar seu status no Facebook, fazer compras online) quando deveria estar gastando esse tempo nos seus projetos.

Quer você esteja adiando o término de um projeto para o trabalho, evitando as tarefas de casa ou ignorando as tarefas domésticas, a procrastinação pode ter um grande impacto em seu trabalho, suas notas e sua vida.

Na maioria dos casos, a procrastinação não é sinal de um problema sério. É uma tendência comum à qual a maioria das pessoas cede em algum ponto ou outro.

Lembra daquela vez que você achou que tinha uma semana para terminar um projeto que realmente deveria ser entregue no dia seguinte? Que tal quando você decidiu não limpar seu apartamento porque “não estava com vontade de fazer isso agora?”

Procrastinar não é 100% bom. Nem ruim. É possível aprender como superar a procrastinação, uma vez que sabemos por que as pessoas procrastinam. Ou seja: ela nos ensina a enxergar o que não está funcionando.

Por quê?

Vamos pensar nos nossos projetos. Frequentemente, presumimos que eles não demorarão tanto para serem concluídos, o que pode nos levar a uma falsa sensação de segurança quando acreditamos que ainda temos muito tempo para concluir essas tarefas. O quanto você está com a real visão sobre o que você deve fazer e como deve fazer?

Além disso, um dos maiores fatores que contribuem para a procrastinação é a noção de que devemos nos sentir inspirados ou motivados. A realidade é que se você esperar até estar no estado de espírito certo para fazer certas tarefas (especialmente as indesejáveis), provavelmente descobrirá que o momento certo simplesmente nunca chega. Então, mãos à obra. Uma peça por vez

Pesquisas e pesquisas

Um estudioso no assunto, o psicólogo Piers Steel, da Universidade de Calgary, lembra em seus estudos que, historicamente, dizia-se que a procrastinação era causada pelo perfeccionismo, medo do fracasso e rebelião contra pais autoritários. Depois, havia os caçadores de emoção que professam trabalhar melhor sob pressão e usam a procrastinação para criar essa pressão.

Então, para ver se era isso mesmo, Steel analisou 553 estudos sobre procrastinação e concluiu que, na realidade, há quatro variáveis relacionadas ao assunto:

  •       Sua confiança em sua capacidade de fazer: Quanto mais confiante você estiver, menos demorará a fazer.
  •       Seu valor: Seu valor é determinado por quanto será divertido e seu significado para você. Quanto mais divertido ou mais significativo, menos você procrastinará.
  •       Sua necessidade de gratificação imediata e sensibilidade ao atraso: A necessidade de gratificação instantânea considera quanto tempo passará antes de você ser recompensado por fazer a tarefa e o quanto você precisa de uma recompensa para trabalhar nisso. É mais provável que você termine um trabalho com prazo de entrega na próxima semana se isso resultar em uma recompensa imediata. Se a recompensa vier muito mais tarde, a demora aumenta.
  •       Impulsividade: A impulsividade é determinada pela facilidade com que você se distrai. Quanto mais distraído você for, maior será a probabilidade de procrastinar.

 

Veja, não é preguiça

A procrastinação costuma ser confundida com preguiça, mas são muito diferentes. Como vimos por alto, a procrastinação é um processo ativo – você escolhe fazer outra coisa em vez da tarefa que sabe que deveria fazer. Em contraste, preguiça sugere apatia, inatividade e falta de vontade de agir.

Ceder a esse impulso de fazer outra coisa pode ter consequências graves. Por exemplo, até episódios menores de procrastinação podem nos fazer sentir culpados ou envergonhados. Isso pode levar à redução da produtividade e fazer com que deixemos de alcançar nossos objetivos… Até que vire apatia ao que devemos fazer.

Se procrastinamos por um longo período, podemos ficar desmotivados e desiludidos com nosso trabalho. (Será o seu caso? Será que a culpa é do trabalho, da tua condição… Ou simplesmente por não nos atentarmos e terminarmos nossos projetos?)

Mas, calma: se você está atrasando brevemente uma tarefa importante por um motivo genuinamente bom, não está necessariamente procrastinando. No entanto, se você começar a adiar as coisas indefinidamente ou mudar o foco porque deseja evitar fazer algo, saiba que é uma válvula de escape. Em camadas mais internas, é a desconexão de nosso eu futuro. Como você enxerga seu Eu futuro como estando desconectado de seu Eu presente.

Mas isso é assunto para outro post.

 

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